O MERCADO SEGURADOR E UMA URGÊNCIA: O MODERNISMO

Visando sempre fomentar o mercado segurador, e os segmentos de Previdência Privada e Vida, Saú- de Suplementar e Capitalização, a Confederação Nacional de Seguros (CNseg) realiza, anualmente, um dos mais importantes eventos desses setores, o Conseguro, que este ano aconteceu entre os dias 19 e 21 de setembro, no Rio de Janeiro. O congresso registrou a participação de mais de 1.000 pessoas e 123 palestrantes e debatedores. Foram 34 palestras que trouxeram questões relevantes do mercado de forma que empresas e profissionais possam avançar em um cenário de rápida evolução tecnológica, demandas regulatórias crescentes e de constante busca pela eficiência, para oferecer aos consumidores produtos cada O MERCADO SEGURADOR e uma urgência: o modernismo 8ª Conseguro promove debates e palestras com questões relevantes para o setor vez mais adequados as suas necessidades.

Para dar continuidade ao projeto “Eventos Reunidos”, iniciado no ano passado, ocorreram paralelamente os seguintes eventos: 5º Encontro Nacional de Atuários (ENA); 7ª Conferência de Proteção do Consumidor de Seguros; 11º Seminário de Controles Internos & Compliance; 2º Seminário de Riscos e Oportunidades Emergentes e uma das grandes novidades da edição, o Insurance Service Meeting. Na abertura do evento, o presidente da CNseg Márcio Coriolano comentou sobre a importância dos seminários e assuntos apresentados.

A Conferência contou com a presença de autoridades públicas como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; o secretárioexecutivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia; o ministro das Cidades, Bruno Araújo; e o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Além deles, o ministro do STF Luís Roberto Barroso, que apresentou a palestra sobre “O Momento Institucional Brasileiro e uma Agenda para o Futuro”.

Novas tecnologias

Um dos temas abordados foi a “Incorporação de Tecnologias e Impactos na Operação e Precifica- ção na Saúde Suplementar” com a apresentação do professor Giacomo Balbinotto, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Segundo Balbionotto, a criação de novas tecnologias em saúde é irrevogável, entretanto a avaliação econômica e de custo-efetividade tem aspecto fundamental para a sustentabilidade do setor. “Os impactos podem e devem ser medidos. As avaliações englobam análises de riscos, aspectos econômicos, financeiros, orçamentários e regulatórios. A institucionalização da avaliação tecnológica pode ajudar o governo e empresas”, analisou.

Este ano, o Insurence Service Meeting foi realizado especialmente na Conseguro e de acordo com a diretora comercial e marketing da Delphos, Elisabete Prado a junção de ambos em um só momento, altera a amplitude e a intensidade do público tradicional das áreas de Negócios e Tecnologia dos anos anteriores e aumenta consideravelmente as chances de novas prospecções comerciais e network aos participantes O evento incluiu palestras que contaram com a participação de importantes nomes internacionais na área de seguros, de previdência e de segurança. Um deles é o britânico Jamie Woodruff, um dos nomes de relevância quando se trata de segurança cibernética mundial. Diretor da Metrix Cloud, empresa de segurança cibernética especializada em treinamento, testes de penetra- ção e recrutamento, Woodruff é assessor de Segurança Cibernética da Fundação Cyber Smile, especializada em Cyber Bullying Online. “Se você é um hacker, não precisa roubar as chaves”, lançou o especialista.

Reforma da Previdência

Contando com o olhar internacional do economista grego Platon Tinios, ex-assessor especial do primeiro ministro da Grécia de 1996 a 2004, a palestra abordou a pauta “Reforma da Previdência”. O especialista acompanhou de perto a recente crise econômica grega e o impacto gerado na previdência do país e falou sobre os paralelos entre a reforma implantada na Grécia e a que está em curso no Brasil. “Antes, a Grécia tinha discussões sem mudanças. Depois, passou a ter mudanças sem discussões. E as pessoas diziam que a reforma fazia parte de uma agenda liberal, mas na verdade o sistema continua 100% responsabilidade do Estado”, argumentou.

Rosana Techima Salsano, diretora de Previdência da Caixa Seguradora, fez coro com o secretário da Senacon ao que se refere à importância de uma relação mais saudável entre seguradora e segurado. “Nesses 27 anos de existência do Código de Defesa do Consumidor (CDC), muitas mudanças aconteceram. Os clientes não aceitam mais explicações mal dadas. Ele entra na rede social e fala”, enfatizou, destacando o empoderamento do consumidor.

Com esse novo status de consumidor, observou Rosana, o mercado segurador enfrenta alguns desafios, como o de estabelecer um relacionamento de longo prazo. Ao que se refere à comunicação, aproximar a linguagem hermética do consumidor comum, substituindo a gama de termos técnicos utilizados, sobretudo, nos contratos; e reforçar e ampliar cada vez mais os canais diretos de comunicação com o consumidor.