Não é novidade que o ano de 2016 foi desafiador para todos os setores da economia do Brasil e que 2017 ainda mantém essa característica. A trajetória de queda dos juros e o controle da inflação apontam para uma recuperação dos fundamentos da atividade econômica do país. A crise generalizada não isentou o mercado de seguros das dificuldades, mas especialistas afirmam que o cenário atual indica alguma melhora para o setor que se prepara para responder às demandas. O setor vem registrando um histórico de crescimento de dois dígitos percentuais por ano desde a dé- cada de 1990 e não será diferente este ano.

Estimativa da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) aponta para um crescimento nominal da arrecadação entre 9% e 11%. Com alto potencial de expansão no país, o mercado de seguro é bastante resiliente e estruturado, características importantes para enfrentar momentos adversos. Empresários da indústria de seguros se mostram otimistas e confiantes em 2017. Confira na matéria de CAPA desta edição.

Além do segmento de Automóveis, citado por grande parte dos empresários, há também uma expectativa do desempenho dos riscos financeiros, principalmente, o seguro de garantia. Entre as modalidades está o seguro garantia de antecipação de recebíveis que garante fôlego à execução de obras públicas e de grandes projetos privados. Leia mais sobre esse assunto na seção SEGURO GARANTIA.

Outras modalidades que podem impulsionar o crescimento da indústria securitária é o segmento de previdência privada e o seguro de vida. A partir do fim de abril, o consumidor poderá adquirir uma nova modalidade de seguro de vida em que recebe parte do prêmio se não morrer até o fim da apólice. O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) aprovou em dezembro do ano passado, em sessão extraordinária, uma resolução que autoriza as seguradoras a operarem no Brasil o seguro universal. Leia na seção MERCADO, como a American Life aposta nesse segmento.

Se o mercado de seguros tem tudo para acelerar seu ritmo de crescimento neste ano, desempenho que dependerá dos avanços no país em termos de fundamentos, reformas básicas e recuperação econômica, o mesmo não se pode esperar do segmento de saúde. Como reflexo da crise enfrentada pelo país, os planos de saúde empresariais registraram significativa redução. Meio milhão de pessoas deixaram de ter planos de saúde no último trimestre de 2016. Leia mais na seção SAÚDE.